“Ele (o caminhoneiro) chegou, aí eu subi em cima. Ele foi abastecer, tombar banho, jantou, aí quando ele tava jantando eu tava arrumando a lona. Depois eu escondi, ele levantou a lona e não me viu”, conta ele.
O menino conta que dormiu a maior parte do tempo. Sem água, na hora em que a fome apertava, ele recorria aos mamões. “Eu só comi dois. Se eu comesse mais e ele (o caminhoneiro) me pegasse, ele iria contar o mamão e eu teria que pagar, aí eu não tinha dinheiro. Não estava aguentando andar de fome. Eu estava todo duro, com dor na barriga de fome”, conta ele. Segundo o menino, a intenção dele era de chegar em São Paulo, mas o cansaço e principalmente a fome, fizeram com que ele descesse do caminhão.
O garoto só foi descoberto depois que um vigia do posto de combustíveis desconfiou e resolveu chamar a polícia. Desde então, a criança está sob responsabilidade do Conselho Tutelar de Estiva, mas ele fica na casa de uma conselheira. Por trás de um menino comunicativo, alegre, uma realidade triste. Esta não foi a primeira vez que ele fugiu de casa. Na Bahia, ele praticamente morava na rua.
Apesar de satisfeito e com vontade de ficar em Estiva, o menino não ficará no Sul de Minas. O juiz da cidade já determinou que ele retorne e agora o município vai viabilizar esse retorno, que ainda não tem nada definida.
Por: Redação Bocão News/Informações do G1
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