A jovem Marilene dos Santos, 19 anos, moradora do bairro Alda Martins, município de Queimadas, denunciou em entrevista ter procurado atendimento médico no Hospital Edson Silva o qual lhe foi negado sob o argumento de que o médico plantonista estaria dormindo e que seria necessário aguardar a ocorrência de uma emergência que justificasse incomodá-lo.
Marilene relatou que no último domingo (14), em razão de estar com a garganta inflamada, apresentou febre. Segundo ela, eram aproximadamente 23 horas quando, após ingerir um antitérmico, foi dispensada do serviço a fim de procurar assistência médica. Acompanhada do namorado dirigiu-se ao Hospital Municipal Edson Silva que tinha as portas fechadas.
Ela contou ter batido insistentemente. Não obtendo resposta, seu namorado forçou um pouco o portão lateral que veio a abrir. Adentrando, enfim, o recinto questionou o motivo de não ter sido recepcionada e foi informada que o guarda noturno, de apelido Eli, responsável pela vigilância da unidade estaria na cozinha dormindo.
Após a verificação da temperatura que, segundo a mesma, mostrou-se normal em virtude da ação do antitérmico, mesmo depois de ouvir sua queixa de dor, a enfermeira Letícia disse que não poderia chamar o médico plantonista, Dr. Erivaldo, pois ele estaria dormindo. De acordo com Marilene a enfermeira aconselhou que a mesma aguardasse até que surgisse alguma emergência de fato, só depois seria atendida.
Marilene foi embora sem atendimento. Tornou a ter febre e, contrariando a enfática recomendação médica, aderiu a automedicação, não mais retornando ao estabelecimento.
Fabiana Lantyer/Queimadas em Foco.
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