
Obama disse ter pedido aos seus conselheiros militares e diplomáticos que analisem 'uma ampla gama de opções', e que uma delas seria a imposição de uma zona de exclusão aérea que impeça Gaddafi de bombardear os rebeldes, como propõem alguns parlamentares dos EUA.
'Eu não quero que fiquemos paralisados', disse ele. 'Quero que tomemos decisões com base no que vai ser melhor para o povo líbio, consultando a comunidade internacional.'
Em entrevista coletiva na Casa Branca ao lado do presidente mexicano, Felipe Calderón, Obama destacou a importância da ajuda humanitária, expressou indignação com o derramamento de sangue na Líbia e pediu a Gaddafi que deixe o poder, que ocupa há 41 anos.
O presidente ofereceu o uso de aeronaves norte-americanas para ajudar a repatriar egípcios que se encontram retidos na fronteira da Líbia com a Tunísia e para auxiliar outros refugiados que vêm escapando da Líbia.
Na quinta-feira, após três dias de caos, uma ponte aérea internacional aliviou a pressão migratória sobre a Tunísia. A França oferece seis voos por dia, e aviões britânicos começaram a decolar rumo ao Egito.
EXCLUSÃO AÉREA
Contrariando os apelos dos próprios rebeldes e de setores da comunidade internacional, o secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, alertou na quarta-feira para a dificuldade em impor uma zona de exclusão aérea na Líbia.
'Vamos chamar as coisas por seu devido nome. Uma zona de exclusão aérea começa por um ataque à Líbia para destruir suas defesas aéreas', afirmou, citando obstáculos diplomáticos e logísticos para essa ação.
Vários governos árabes se manifestam contrariamente a uma intervenção estrangeira na Líbia. Mesmo dentro do governo dos EUA há receios em envolver o país numa nova operação militar, uma vez que as forças norte-americanas se encontram sobrecarregadas pelos conflitos no Iraque e Afeganistão.
O pronunciamento de quinta-feira foi a primeira vez em que Obama defendeu publicamente a renúncia de Gaddafi, embora isso já acontecesse em comunicados divulgados por escrito pela Casa Branca.
'Continuaremos a enviar uma mensagem clara: a violência deve parar. Muammar Gaddafi perdeu a legitimidade para liderar, e ele deve sair', afirmou Obama.
Fonte: MSN
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